Parnanbuquo é o mais novo trabalho da Gandavo, lançado em 17 de abril de 2021, nas plataformas digitais. Tendo sido lançado para comemorar os 25 anos de seu idealizador, o músico João Andrade e os 20 anos da banda.
A capa é um manifesto de repúdio contra o abandono e destruição do Patrimônio Histórico local, o Forte do Picão (século XVII) foi demolido em 1910, durante a reforma do porto Recife simplesmente porque atrapalhava a vista do “farolzinho” construído em 1822. A produção do álbum gravado entre 2018 e fevereiro de 2021, no Viela Estúdio (Recife), foi feita pelo vocalista João Andrade que gravou o baixo, o violão, a guitarra solo/base e fez a programação da bateria. o registro contou com a participação de Rafa Silva (Silent Revelation, Caruaru/PE) na guitarra e violão da canção Piratas no Arrecife e do guitarrista Joabson Silva nos tributos ao Blind Guardian (Welcome to dying e Black Chamber, piano), sendo esta a última participação do músico na banda, encerrando uma parceria de quase 25 anos. Desde 2014 a banda vem se dedicando a escrever letras em português com temas sobre a História de Pernambuco, mas sem perder a pegada Power Metal. O álbum Parnanbuquo, marca um novo momento para a banda, pois desde então apenas singles e EPs vinham sendo disponibilizados. Este álbum está cheio de histórias que os livros de história não contam desde o século XVI até o XIX e de bônus ainda tem duas músicas em tributo aos alemães do Blind Guardian. Parnanbuquo (2021 - independente) Track list: 01. Descobrimento de Parnanbuquo 02. Branca Dias 03. Dom João - Primeiro de seu nome 04. Longos Cabelos Trançados 05. Piratas no Arrecife 06. Thypis Pernambucano 07. Mensageiro da Liberdade 08. Nossa mais bela canção 09. Cheios de Pica 10. Welcome to Dying (Blind Guardian tribute) 11. Black Chamber (Blind Guardian tribute)
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Há exatos 10 anos, João Andrade (Vocal e Baixo), Joabson Silva (Guitarra e Vocal) e Rodrigo Driguer (Bateria) subiam no palco do Pátio de São Pedro (Recife/PE), pela primeira vez com a Gandavo. O evento “Uma Noite no Pátio da Taverna” foi organizado e produzido pela Otherside Produções e teve o apoio da Prefeitura da Cidade do Recife. Na ocasião se apresentaram também outras bandas locais (Obscurity Tears, Pandemmy, e Cangaço).
Nota do evento publicada pelo site Whiplash: https://whiplash.net/materias/agenda/106609.html Naquele evento do ano de 2010 a banda lançava seu primeiro trabalho, Age of Mind Free, no estilo Power Metal, com vocal mais grave e algumas passagens de guturais (Joabson Silva). As músicas ainda em inglês no estilo Blind Guardian e Helloween (Human Avarice, King or Pawn, Wisdom or Gold, Age of Mind Free) já abriam espaço para experiências como a canção A Triste Sina, que contava com uma pegada Folk, mas no estilo Regional Nordestino, além do tema de abertura, com o título nada discreto, Arreganhando as Porteiras do Inferno With Fire. No entanto o dia 24 de abril de 2020, em Pernambuco, remonta aos 374 anos de um dos mais emblemáticos episódios do século XVII. O episódio conhecido como Batalha do Monte das Trincheiras, no qual mulheres de Tejucupapo defenderam com água quente e pimenta, sua vila, suas vidas e os seus de uma investida dos holandeses que sitiados na cidade Maurícia (atuais bairros de São José e Santo Antônio no Recife), pelas forças Insurretas de João Fernandes Vieira não tinham mais o que comer depois do fim do contrato que dava exclusividade a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais - WIC de exploração das possessões espanholas, em 1645. Após o governador João Maurício de Nassau abandonar o cargo e retornar - à francesa - para suas terras a Alemanha (1644), muitos dos seus morreram de escorbuto, doença causada pela falta de vitamina C, encontradas em frutas. A vila de Tejucupapo, no atual município de Goiana, era o principal produtor de víveres da época, como mandioca, caju, limão, sendo este o motivo do ataque liderado pelo Almirante Joan Cornellizon Lichthart. É importante destacar que no mesmo lugar onde aconteceu a batalha é encenado todos os anos o espetáculo ao ar livre, Heroínas de Tejucupapo pelo próprios moradores do lugar. A Gandavo mesmo com todas as restrições impostas pelo Isolamento Social por conta do COVID-19 está produzindo um novo single em homenagem tanto à data histórica quanto ao esforço da gente Tejucupapo em manter viva a memória do povo Pernambucano. O single Heroínas de Tejucupapo será disponibilizado online ainda no primeiro semestre de 2020. O portal SiriNerd do Recife publicou, no dia 10 de novembro de 2019, matéria sobre a Gandavo com o título "Música, Livros e Games caminham juntos com a cultura pernambucana". O editor Amauri Alves diz no artigo que o professor João Andrade brinca com a cultura e história pernambucana, valorando a nossa pernambucanidade. Confira matéria completa: https://www.sirinerd.com.br/gandavo-musica-livros-e-games-caminham-juntos-com-a-cultura-pernambucana/ O Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano firma parceria com o Gandavo31/10/2019
Música sobre a Revolução Pernambucana de 1824 estará na programação de uma Rádio FM do Recife15/8/2019 Whiplash: https://whiplash.net/materias/news_752/307672-gandavo.html
A Revolução Pernambucana, foi um marco da luta pela democracia que ainda estava por surgir no Brasil do século XIX. Seu mentor intelectual foi Joaquim da Silva Rabelo, o Frei do Amor Divino Caneca, que através de seu periódico Typhis Pernambucano publicou seus ideais revolucionários aliados à duras críticas ao regime Imperial. A música Typhis Pernambucano surgiu após uma entrevista à uma Rádio FM local, quando o artista foi incubido, pela produção da Rádio, do desafio de criar uma música sobre o tema em questão. A letra traz uma súmula do pensamento do Frei Caneca que publicou, entre 25 de dezembro de 1823 de 29 de julho de 1824, seus ideais revolucionários em seu jornal. Apesar das ideias do Frei terem sido eternizadas quase duzentos atrás, são pensamentos vistos como atemporais e de alta ovação e amor a Pernambuco que os revolucionários chamavam de Pátria. Além da preocupação do nordeste estar em dificuldades diante dos excessos da Coroa Imperial no Rio de Janeiro. “Tu me deste o berço Tu ateaste no meu coração A chama celeste da liberdade Contigo ou descerei aos abismos da perdição e desonra Ou a par da tua glória voarei à eternidade Acorda Pernambuco do lethargo em que jazes Atenta ao perigo do nevoeiro que ao sul levanta se E que há de desfechar em nefasta tempestade” Desde que retomou as atividades com a Gandavo, em abril de 2019, João Andrade vem buscando estabelecer um espaço dentro da Cena Metal com a proposta de cantar Power Metal sobre temas históricos em português. Aliado a este propósito o músico e professor de história criou um canal no Youtube para divulgar seu trabalho acústico e a partir de agosto estará realizando apresentações em escolas do Recife e região.
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